terça-feira, 3 de fevereiro de 2009


Passando pela rua, vi sua janela aberta, e ele estava lá.
Me olhou fixamente, e me disse sorrindo: -- Entra, amor.
Aceitei o generoso convite, e nos abraçamos.
Beijei seu pescoço macio.
Pegou-me pela mão e me sentou em uma poltrona.
Sentei no seu colo. Acariciei seus cabelos.
Ele beijou meus lábios,
Pegou-me no colo e me levou para seu quarto.
Despiu-me, deitou ao meu lado e me abraçou,
Retribui aquele forte abraço e nos beijamos.
Suas mãos percorreram todo meu corpo.
Chupou fortemente meus lábios, beijou meu pescoço.
Beijava e mordiscava minhas pernas, meus pés.
Subia por todo seu corpo, lambendo-o em todas suas partes.
Gemia baixinho.
Fizemos um amor tão gostoso, daqueles que parecem existir apenas em filmes.
Ficou deitado sobre meu peito, brinquei suavemente com seus cabelos, dizendo-lhe palavras doces ao ouvido.
Aos poucos foi adormecendo, e por fim, dormiu suavemente, com sua respiração leve.
O observei por um momento.
Vesti as minhas roupas, fui até a cama onde ele dormia virado de lado, e lhe dei um beijo no braço, outro nas costas e no rosto.
Beijei delicadamente seus lábios.
Saí do quarto, desci lentamente, com os braços abertos.
Caminhei um pouco e fiz o que nunca tinha feito em todos estes séculos. Virei-me para trás, olhando em direção ao apartamento onde eu havia sido amada.
Ele acordara e me olhava pela janela, com os braços em cruz sobre a vidraça. Levei a mão aos lábios que ele beijara e que se molhara de sua saliva e seu mel.
Não tive coragem de jogar o beijo, mas ele entendeu.
Sim, ele entendeu quando virei as costas e olhei a noite à minha frente.
Eu não poderia voltar.
Nem ficar.
Devo ficar com minha vida, e não com este homem que vai viver sua própria vida.
Ele vai ter amores e rompimentos, talvez filhos, esposa.
Talvez se separe, volte a casar.
Quem conhece os rumos do trágico destino humano?
Mas estarei sempre a proteger este homem que me amou.
Não vou deixar que se machuque.
Velarei por ele durante seu sono, quando estiver em perigo, quando a noite chegar.
No momento em que ele morrer, deixarei uma flor em seu túmulo.
Será mais uma perda nesta eternidade que é minha vida.
Suspirei profundamente, senti o ar noturno.
Segui meu caminho, deixando para trás o apartamento e o homem que me amou.
Adeus, meu querido!, pensei. Mas eu vou te ver sempre.
E, caminhando lentamente, entrei na minha velha vida, à qual pertenço.

12 comentários:

  1. Excelente texto.
    Excitante e instingante!
    Parabéns.

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  2. Mais um excelente momento... cheio de paixão e sensualidade.

    Adorei

    Beijoooooossssss
    Luis

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  3. Lá fora chove o calado momento
    Que repassa na alma, ansiedades…
    Saltam inquietas chamas de dentro
    Do meu peito, alagadas saudades

    Um fim-de-semana ensopado
    De paz e harmonia…
    De coração ornamentado
    De muita alegria

    O eterno abraço…

    -Manzas-

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  4. Bom texto; sentido e apaixonante.

    Voltarei aqui :)

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  5. gostei dos textos... já estou acompanahndo teu blog!!
    no meu blog estou publicando uma série de textos que se chamam " biografias horizontais"... são crônicas e mini contos, espero que te agrade...
    http://www.ocomcopo.blogspot.com/
    abraço

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  6. Belíssimo. Parabéns. Voltarei

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  7. Gostei bastante deste texto Cris =)

    Saudações alienígenas& beijo

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  8. Que delícia de blogue. Parabéns! muito bem feito.
    Abraço,

    Gustavo

    ps: o texo é "encorpado"

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  9. Lindo! Intenso! o fim...é... a crua realidade...

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