domingo, 9 de maio de 2010
Mitos sexuais
Muito se ouve falar dos mitos sexuais.
E são tantos que, pelo menos alguns de nós, se não passamos por uma situação
delicada de alguns desses mitos, ao menos, já ouvimos falar de alguém que tenha vivenciado tal situação.
A sexualidade, por ser uma das mais importantes atividades instintivas do ser humano, tem sido fonte de inúmeros preconceitos e fantasias que, muitas vezes, criam grandes obstáculos para o exercício saudável do sexo.
Um dos mais comuns é o que diz respeito ao tamanho do pênis.
A idéia de que a masculinidade estaria ligada ao número de centímetros do órgão sexual, já fez muita gente sofrer ou morrer de vergonha.
O tamanho do pênis, ao contrário do que se pensa, nada tem a ver com virilidade.
Ter isso em mente pode poupar muito sofrimento, tanto para eles que se julgam
por suas medidas, como para elas que costumam acreditar nessa estória.
E, muitas vezes, sabendo que isso é um ponto fraco da identidade masculina,
usam esse argumento para ferir o ego do homem.
As mulheres têm a sua contrapartida no mito da vagina larga,
associado à idéia de que o número de relações sexuais com o tempo
provocaria um alargamento da vagina e, conseqüentemente, impediria um
prazer maior do homem durante a relação com a portadora deste mal.
Nada mais falso.
Poderia parecer que tudo não passa de uma vingança entre os sexos.
A verdade é que a vagina se contrai ou se dilata em função do volume de secreção produzido durante o período de excitação sexual.
Outro mito polêmico diz respeito à freqüência de relações sexuais
mantidas entre os casais.
Existem aqueles que adoram alardear aos quatro ventos o número espantoso de relações sexuais que praticam por dia,
mexendo com a auto-estima de quem nem chega perto de tal performance.
Nada de se impressionar ou cometer o erro de querer estabelecer comparações.
Sexo não é competição e o importante é que a freqüência das relações sexuais satisfaça a ambos os parceiros.
A associação da beleza ao desempenho sexual costuma deixar muita gente angustiada.
Principalmente as mulheres que se acham na obrigação de atender aos padrões de beleza anunciados em outdoors, anúncios de revistas
e novelas de tevê.
O fato é que quando o homem chama a mulher de gostosa está se referindo ao que ela desperta nele na cama.
Não estou me referindo ao desempenho sexual, isso sim, mais um mito a cair por terra.
A questão do desempenho sexual está ligada à uma idéia de avaliação na cama, o que seria um absurdo, uma vez que o sexo não é um esporte
sujeito a regras e a treinamento.
O que conta é a química entre os parceiros, o que um desperta no outro e a possibilidade da entrega.
Não se pode avaliar um parceiro, é necessário que haja cumplicidade, desejo ardente e não apenas a vontade de ir para a cama.
E o orgasmo? Difícil encontrar outro mito tão discutido,
controvertido e destacado quanto esse.
Por conta disso, mulheres fingem orgasmos, sofrem em silêncio a falta deles, invejam aquelas que julgam
melhor equipadas para chegar a eles.
Na verdade, o melhor caminho para um bom orgasmo está na conversa franca, no conhecimento do próprio corpo e na
disposição para experimentar as sensações e descobertas do sexo.
O reverso da medalha faz com que os homens sofram por acreditarem que
gozar e ejacular é uma só coisa.
Uma preocupação inútil, uma vez que o orgasmo masculino não está atrelado ao momento da ejaculação.
A própria idéia do sexo tântrico parte deste princípio, ensinando aos homens um modo
de gozar sem ter ejaculação.
O que, obviamente, comprova que uma coisa não tem, necessariamente, a ver com outra.
Os mitos multiplicam-se, proporcionalmente, ao desconhecimento, ao
medo e às inibições que levam tantas pessoas a sofrerem desnecessariamente.
Isso sem mencionar aqueles mitos fabricados no interior de cada um e que refletem temores e inseguranças pessoais que
terminam por arrastarem-se por toda a vida, impedindo a plena realização sexual.
Informação, cabeça aberta e sinceridade são os melhores antídotos
para se lidar com esses fantasmas e recuperar a capacidade de ser feliz....
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